O mês de Maio deveria ser o mais importante de nosso calendário. Porquê? Por que simplesmente é neste mês que comemorarmos o dia da mãe. Refletimos, pois, neste mês, sobre o tema de ser mãe, da maternidade e da relação mãe bebé.
Bebé não existe sozinho, precisa de uma cuidadora
A maternidade é o acontecimento da mulher tornar-se mãe e que está intrinsecamente ligado ao modo como ela se relaciona com o seu filho. O nascimento da vida psíquica do bebé começa com a relação que é estabelecida pela mãe, a cuidadora.
Um bebé sozinho não existe, precisa de uma cuidadora que lhe apresente o mundo real e simbólico. Nesta relação que é estabelecida entre ambos, a cuidadora, tem que proporcionar um “banho de afeto” com diálogos, mímicas, gestos, sons e palavras, uma autêntica troca afetiva.
Relação mãe bebé
O contato corporal é um fator essencial do desenvolvimento afetivo, cognitivo e social do bebé. A criança vai aprendendo a conhecer o ambiente e seu conteúdo através da interação dinâmica que a cuidadora estabelece. Além disso, a criança enquanto um ser independente, diferente e separado da mãe, participa ativamente nesta relação, uma vez que suas características evocam na cuidadora comportamentos de responsabilidades e cuidados, que acabam por harmonizar e sincronizar a relação mãe bebé.
Não existe mãe perfeita ou ideal, o que tem que existir é uma mãe possível, uma mãe suficientemente boa, uma mãe equilibrada, para cuidar, proteger, ajudar, educar, consolar, apoiar, dar amor e prover as necessidades, ao mesmo tempo que, oferece espaço ao crescimento saudável e à independência do filho.
Mãe só tem três letras, mas múltiplas funções que envolvem sacrifício e prazer ou como dizia Carlos Drumont de Andrade:
Mãe não tem limite, é tempo sem hora.
Carlos Drumont de Andrade
Elisabete Condesso / Psicóloga e Psicoterapeuta
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