Com a aproximação do Natal, muitos portugueses apresentam sintomas depressivos – é a depressão no Natal!
Publicamos o testemunho de uma das nossas pacientes que vive a época natalícia de uma maneira diferente, em que sentimentos de desânimo, tristeza e desamparo se acentuam, pelo que apresenta um quadro de depressão no Natal.
Testemunho de um paciente que sofre de depressão no Natal
A depressão no Natal é comum durante o frenesi do Natal e Fim do Ano. O que para muita gente é a época mais feliz do ano, para outras é bem o contrário, em que sintomas depressivos se acentuam.
O Natal é uma época de alegria e esperança. Normalmente deveria ser assim. Mas, para mim, é uma época muito triste e acompanhada por sentimentos de solidão, desamparo e desânimo .
O Natal, para muitas pessoas, é o momento em que os encontros de família se transformam em momento tristes e difíceis de suportar, especialmente porque a pessoa encontra-se deprimida. Embora a depressão possa manifestar-se em qualquer época do ano, é no Natal que a mesma se acentua.
Há muitas causas para estas alterações do humor e que podem evoluir para uma depressão muito maior. Geralmente, a depressão no Natal é de duração breve, dura apenas algumas semanas e, em muitos casos, termina quando a pessoa retorna à vida quotidiana. Contudo, é necessário perceber os motivos que estão por detrás da depressão no Natal.
Os Fatores que contribuem para este estado depressivo, são, geralmente, o aumento do stress, a fadiga, as expectativas não realizadas, a dificuldade em estar com a família, as lembranças de celebrações passadas com tristeza, a pressão social para o consumo excessivo e a falta daqueles que já partiram e cuja saudade aumenta nesta época.
Nesta época, sinto, essencialmente, dor de cabeça, a incapacidade de dormir, agitação ou ansiedade, sentimento de culpa, redução da capacidade de concentração e diminuição do interesse nas atividades que noutras alturas me davam prazer.
A nossa paciente disse que a psicoterapia na PsicoAjuda foi muito importante, pois permitiu-lhe aprender a defender-se da depressão no Natal. Acrescentou que tentou minimizar as expectativas e procurou transformar o Natal numa “festividade normal”. Para ela também foi importante ter evitado formular propósitos de mudanças excessivas para o próximo ano.
Ao longo destes anos aprendi o que não fazer. Não devo mudar muito os meus ritmos e, particularmente, os do sono, ou beber álcool em excesso, exagerar com a comida como compensação, ter expectativas pouco realista, focar-me no que não tenho e lamentar o passado. Devo, sim, fazer planos para o futuro, mas realistas e concretos.
Assim, a nossa paciente aconselha a quem passa pelo mesmo a deixar de lado projetos “exagerados”. Deve, sim, propor-se objetivos realistas, organizar bem o tempo, definir prioridades, fazer um plano e segui-lo.
Como presente de Natal, a nossa paciente deixa ainda um conselho para os leitores deste artigo:
Se te sentes deprimida, triste e desanimada, procura apoio Psicológico porque ajuda-te de verdade a compreender os teus sentimentos e dá-te as ferramentas para lidares com as situações da melhor maneira possível.
Agradeço a esta paciente por ter partilhado o seu testemunho.
Elisabete Condesso / Psicóloga e Psicoterapeuta
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