Como o próprio nome indica, a estimulação cognitiva consiste numa abordagem não farmacológica e não evasiva, que assenta na realização de várias atividades cujo principal objetivo é a estimulação de uma e/ou várias funções cognitivas, por exemplo a memória, a atenção, a linguagem, o cálculo, entre outras. Permitindo a preservação ou melhoria da cognição do indivíduo.
Qual a diferença entre treino e estimulação cognitiva?
Geralmente estes dois conceitos são usados sem qualquer distinção, contudo apresentam diferenças entre eles.
As atividades de estimulação cognitiva, são frequentemente de carácter lúdico, têm como objetivo promover o funcionamento cognitivo, mantendo o cérebro ativo e saudável, já o treino cognitivo envolve a prática guiada de tarefas padronizadas para melhorar ou manter uma determinada função cognitiva.
Estas intervenções podem e devem ser usadas em de qualquer faixa etária, de forma individual ou em grupo, seja para promover o desenvolvimento cognitivo, seja para diminuir o declínio cognitivo dos indivíduos.

Mas afinal, o que é a cognição?
“A cognição é a capacidade de pensar, usar a inteligência, o conhecimento, a lógica, o raciocínio, a memória e todas as funções corticais superiores”.
Qual a relação entre estimulação cognitiva e neuroplasticidade?
A neuroplasticidade define-se como a “Capacidade do cérebro de se modificar e criar novas conexões a partir da experiência”. Neste sentido, a estimulação cognitiva pode auxiliar no fortalecimento das diversas ligações neuronais, permitindo um melhor funcionamento cognitivo. Funcionando como impulsionador da neuroplasticidade.
O que pode provocar limitações cognitivas?
Existem diversas causas que poderão estar na origem de limitações cognitivas, por exemplo: o próprio processo de envelhecimento, acidentes com lesão cerebral, doenças oncológicas, degenerativas, AVC’s, alcoolismo, entre outras. Contudo, algumas perturbações do neuro desenvolvimento poderão também beneficiar de estimulação cognitiva, tais como as perturbações de aprendizagem específicas, PHDA ou incapacidades intelectuais. Em suma, existem diversas causas, independentemente da idade da pessoa, que poderão comprometer o funcionamento cognitivo.
Quais os benefícios da estimulação cognitiva?
- Promove a melhoria da capacidade cognitiva e de aprendizagem;
- Diminui o risco de demência e retarda o declínio cognitivo;
- Diminui o isolamento social;
- Diminui o stress e sintomas ansiedade;
- Melhora o humor e autoestima;
- Melhora a capacidade funcional e autonomia;
- Melhora a capacidade de atenção e concentração.
Sabia que…?
A estimulação cognitiva é a intervenção não farmacológica recomendada para pessoas com demência, independentemente das intervenções farmacológicas?
Romina Pereira/ Psicóloga e Psicoterapeuta © Psicoajuda – Psicologia certa para si, Leiria
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